terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bolas de Sabão

Um trabalho para a faculdade, de há já algum tempo atrás.
Hoje lembrei-me dele.

"Uma vez ouvi dizer que o amor era efémero. Que a vida era efémera. Que nós próprios, com todas as nossas vivências e recordações éramos efémeros.
Fiquei revoltada.
Que raio de amor é esse, que passa como a chuva que corre nas caleiras? Desapareceu o amor eterno, as juras de fidelidade, o ‘felizes para sempre’.
Já não há contos de fadas, só gatas borralheiras.
Já não há príncipes encantados, só gatos das botas.
Que a vida era efémera, eu sabia. Não duramos para sempre, e um dia, vamos desaparecer.
Amargura-me pensar que o tempo corre, que a cada momento perdemos mais um minuto de felicidade, a possibilidade de fazermos alguém feliz.
Não temo nem choro pelo tempo que passa. É tempo!
Temo e choro pelo tempo que desperdiço, sem me preocupar com algo maior do que eu.
Temo e choro por não me lembrar daqueles que, ao contrário de mim, não temem e choram pelo tempo que passa, mas pelo tempo que há-de vir amanhã. O tempo que lhes perpetuará a fome e a sede.
Deveria doer-me a alma sempre que deixo passar mais um minuto. Mais um minuto de sede, de fome, de frio, para alguns.
As nossas vidas deveriam ser como bolas de sabão. São efémeras sim. Demasiado até.
Mas não desaparecem no ar sem deixar um rasto de brilho, sem fazer alguém sorrir, sem alegrar uma criança, sem serem percorridas por mãos gratas e corações felizes.
Não desaparecem no ar sem, despropositadamente, criar um momento mágico.
Deixam lembrança".

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Miss Gummy voltou.

A faculdade tem sido de loucos, como podem imaginar. Só isso me consegue afastar de vocês e do meu cantinho.
E ainda por cima tinha um post engraçado para complementar este raciocínio, mesmo a jeito com a greve de quarta-feira.
É que não sei se vocês sabem, mas para além de nos querer tornar mais ecológicos e de unir famílias, José Sócrates está ainda preocupado com o combate à obesidade.
Com a greve, o Porto ficou sem autocarros, metro e com um trânsito louco. Era ver pessoas com os bofes de fora e bochechas vermelhinhas a subir e a descer, num esforço físico que na vida toda fizeram uma vez. E então eu, que tive de correr desalmadamente duas vezes para apanhar os únicos dois autocarros que vi o dia todo. Eram autocarros, eu só queria entrar num autocarro.
Além disso, para trabalhos da faculdade, andei 15 min para chegar à biblioteca municipal e voltei. Em dias normais, eu ia era de transportes.
Já lhe posso agradecer por umas quantas gramazinhas perdidas, devo dizer.

sábado, 20 de novembro de 2010

R.I.P!

Meu companheiro de todas as horas, que ouvia todas as minhas conversas, que lia todas as minhas mensagens, que me acompanhava para todo o lado, que sabia sempre o que eu queria dizer. Ontem foste embora, e mesmo velhinho e com alguns defeitos, vou sentir muito a tua falta.
Nem consigo acreditar, depois de sobreviveres a MIM e a uma queda na linha do comboio. Mas é a lei da vida. E uma queda na sanita, foi demais para ti. Agora babaste todo, piscas intermitentemente e vais abaixo mesmo sem dar sinais de vida, ao mesmo tempo que fazes um barulhos meios estranhos de curto circuito. 
Chegou a tua hora, e eu já tenho saudades.
Mas bem, assim, também pode ser que finalmente te troque por um mais novinho e jeitoso, com mais funcionalidades e que faça mais show entre as minhas amigas.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Não podia deixar passar em branco,

até porque assim amanhã já ninguém se lembra da crise, nem do PEC, nem das SCUTS, nem do caraças.
Porque Portugal e um orgulho! :')

(Mas cheira-me que é só a selecção.)

domingo, 14 de novembro de 2010

O Sócrates já valeu a pena.

As minhas avós (materna e paterna) nunca se entenderam. Raramente estão juntas, raramente falam. E têm muito pouca empatia desde sempre.
As minhas avós nunca se entenderam mesmo.

Mas hoje, a falar mal do Governo, nunca houve ninguém que se entendesse melhor. E estava a ver que não se calavam as duas.

Sócrates, já valeste a pena. Tenho a dizer - obrigado por seres tão parvinho. Uniste a minha família mesmo a tempo do Natal.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Isto já não é pouco sorte, isto é macabro!

Ora bem, isto começa bem. Mas acaba mal. 
Ontem tive, como sempre, o meu dia livre. A minha santa (ou quase) quarta-feira! 
Normalmente, com este tempo frio e chuvoso, deixo-me estar debaixo das cobertinhas. Com o pijaminha e meinhas nos pés a pôr os trabalhos e o estudo em dia, a ver televisão, a descansar e quem sabe, comer umas bolachinhas.

Ontem tinha o dia todo programado para ser exactamente assim. Uma delícia.
Opá, convinha ir á aula de código (sim, Miss Gummy Maria já começou a tirar a carta!! *a surpresa, o delírio, a euforia*!) no entanto, estava tão bem, tão quentinha que pronto, lá se foi a aula.
Só mesmo Mr. Gummy (que tam,bém tem o dia livre - yeeey) para tirar esta miúda preguiçosa de casa. "Ah e tal quero ir comprar não sei o quê, temos de ir a uma loja na Ribeira".
"O quêêêê? Nããããão... Oh, ainda por cima para a Ribeira!!"

Mas pronto, o rapaz lá me convenceu. faço muito sacrifício, penso na aula que foi à vida e lá saimos de casa.
Vamos nós todos contentes a descer dos clérigos à Ribeira, por aquela rua íngreme e cheia de pessoas da Ribeira (!!) e o Sr. Gummy repara num edifício.
"Ai que giro, que fantástico, olha para aquilo. Quem bem aproveitado. Já viste? mantiveram a fachada e não sei quê não sei quê!" (Como se ele fosse muito arquitecto -.-)
Miss Gummy olha para o edifício depois da GRANDE insistência do senhor seu namorado.

É que NEM IMAGINAM o que aconteceu depois.

Distraidinha de todo, continuo a descer a rua e PUMBA.
Espeto-me contra um destes, que estavam à porta de um loja (daquelas dos 300 e não sei quê):

Mas é que foi assim - em seco, sem aviso, com a força toda. Como se não houvesse amanhã.
Quase que me cego nas folhas, fico com os joelhos doridos, e o raio do vaso estilhaçado em mil pedaços no meio do chão. 
Vejo a mulher a espreitar pela montra e penso duas vezes. "Fujo ou não fujo? Fujo ou não fujo?".
Olho para o Mr. Gummy e ele lá está, bloqueado e ainda de boca aberta.
Dou o primeiro passo daquela que podia ser uma corrida desenfreada Ribeira abaixo, mas páro. A mulher sai pela porta e diz:
"OH MENINAAAA, ai que me partiu o vasooo. E agora qué que eu vou dizer ao patrôn?"
"Olhe pois foi, mas não foi por mal. Peço imensa desculpa, mas vinha a olhar para o edifício e nem vi o vaso".
"Oh menina, mas e agora? Que vamos fazer agora? Num sei!"
"Olhe, pois, nem eu".
"Pooois menina, mas é que quando a gente parte, a gente paga. É que o patrôn, pronto. Qué que digo ao patrôn?"
"Não, sei. Diga que foi o vento".
"O vento... não, não pode ser o vento! OH MINAAAA..!"
E vem a Mina, aparentemente a outra funcionária do estabelecimento.
"Qué que foi melher?"
"Olha Mina,  foi esta menina que foi contra o vaso".
"O quê, oh valha-me deus, mas o vaso é pesado menina! Não está a ver? E estava cheio de areia. Ai meu deus mas como é que isso foi cair? É maluca, pôs isso ao chão porquê?"
"Olhe, não foi por mal, não é? Que ele é pesado sei eu, bem vi. Mas não o vi, vinha distraída".
"Poisss, mas e agora? Temos de ver o que vamos fazer. Oh melher, cola-se!"
"Quê melher? Isto está tudo em cacos, olha para isto".
E é neste momento em que Miss Gummy pensa muito sinceramente: "Se me tentam obrigar a pagar esta coisa velha, é desta que fujo mesmo" 
(...)
E prenderam-me ali mais meia horinha só para no fim dizerem:
"Pronto, menina, olhe vá-se embora que eu digo ao patrão que não vi nada. Né Mina?"


Escapuli-me a sete pés, e agora juro que só uso o passeio do outro lado da rua.

Edit: devo dizer que sou alvo de chacota do Mr. Gummy, e aposto que não fica por aqui. Cada vez que se lembra, assim do nada e sem razão, desprega-se às gargalhadas. DANADO, a culpa é TUA!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A crise afinal tem um lado bom!

Hoje estive a pensar, como pessoa optimista que sou (ou só sarcástica), e apercebi-me que a crise, os cortes orçamentais, as reduções nos ordenados, o aniquilamentos nas bolsas e abonos, e o desfalecimento das pensões, afinal têm um lado bom. É verdade! Os mais cépticos podem ficar convencidos.

É que as pessoas sem dinheiro, vão ficar ecológicas como nunca. Vão ver. Agora, fecha-se sempre a torneirinha a lavar os dentes porque a água que sai a mais, paga-se. O óleo nunca mais vai voltar a ser desperdiçado. O que antes dava para fritar duas vezes, agora dá para quatro ou cinco, não há cá desperdícios. O papel que se gastava a fazer caixas de Chocapic vai reduzir para metade, porque pelo menos por aqui uma caixa dava anteriormente para duas semanas e agora estica-se para um mês.
A gasolina está cada vez mais cara, por isso é ver tudo a tirar o passe para usar transportes públicos.
O frigorífico abre menos vezes, ora porque está mais vazio, ora porque a luz está cara. E como a luz esta cara, acabou-se a lâmpada da casa de banho eternamente esquecida ou as 20 lâmpadas da casa acesas só para "dar mais claridade".
Depois, é provável que viremos todos vegetarianos uma vez que o preço do peixe é exurbitante e o da carne vai de mal a pior.

Agora, digam-me lá que os animaizinhos, a atmosfera e a nossa querida natureza não saem todos a ganhar? (a) Ahaha :b



domingo, 7 de novembro de 2010

É de uma pessoa chorar baba e ranho.

"porque foi contigo que pela primeira vez vi um grande sorriso trajado de negro".


Porque são vocês que me dão esse sorriso :)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Homens! Ou como a TPM torna as mulheres possessivas.

Miss Gummy - Estava aqui a pensar. Não sei em que é que os pais do N-Gummy trabalham.

(e por N-Gummy entenda-se o meu melhor amigo, que faz parte da família (daí o Gummy) e não, não é nenhum rapper. Mas foi a única maneira que arranjei de o tratar sem ser sempre por melhor amigo. É chato). 

Mr. Gummy - O pai dele é enfermeiro.
Miss Gummy - Cala-te. Não é nada.
Mr. Gummy - É é.
Miss Gummy - Ele é o meu melhor amigo, eu é que sei. Se eu não sei, tu também não! AHAHA
Mr. Gummy - Tábem, como querias então.

Minutos mais tarde.

Miss Gummy - Olha lá. em que é que os teu pais trabalham?
N-Gummy - Ói? Porquê? xD
Miss Gummy - Porque me lembrei e porque o Mr. Gummy disse que o teu pai era enfermeiro e eu disse que ele era parvo.
N-Gummy - AHAHAHA! Mas o meu pai é mesmo enfermeiro xD


TASSE ENTÃO, conta-lhe coisas a ele e a mim NÃO! :O
E ainda te ris. Pff.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ok, eu confesso,

ando com um pé de cada cor.
Ou melhor, um pé tem as unhas azuis e outro pé, as unhas vermelhas.
Pintei para experimentar e não consegui escolher.
Não tive tempo de tirar logo e portanto andei assim dois dias.
Depois, habituei-me e ainda não tirei.
Aparte a azeitice, até gosto. Mas é só mesmo porque ando de botas.
(juro)

             


(o vermelho não é este mas não encontro e é igual!)