segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Life stories #3

Quando vou levar o meu irmão à escola, agora que estou de férias, lembro-me da altura em que era eu que para lá ia. Lembro-me que todos os dias de manhã, até mais ou menos aos meus 15 anos, entrava no recinto com um friozinho na barriga, um nervoso miudinho que nunca consegui explicar. Não sei se era a ansiedade de um novo dia e do que isso podia implicar, se era a espera das surpresas que poderiam surgir, se era um medo qualquer reprimido que algo corresse mal. Não sei, só sei que ia nervosa (e isto agravava quando levava um outfit novo, atenção :b).
Acalmava-me assim que via rostos conhecidos que sorriam para mim. E esquecia. Nunca fui uma rapariga muito insegura, excepto todos os dias durante 5 minutos, depois de entrar pelo portão da escola até acabar de atravessar o átrio.
Aos 15 anos, passou. Ia nervosa mas por outra coisa, completamente explicável - o Mr. Gummy. E isso sim, era ansiedade. Mas passava assim que o via a ele, tão imediato quanto o seu sorriso quando me via a mim.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ano Novo, Casa Nova #4

A cozinha nunca mais anda. Por este andar começam as aulas, eu vou para casa de vez e ando a fazer cimento em vez de massa (true story).


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Life Stories #2

Agora, Sweet Moments, continuo a ser o "freak-show" da aldeia, como refere (e tão bem) o MR Pereira. Mas agora, com muita pena minha, a faculdade impede-me de ficar tanto tempo quanto gostaria, a adultice impede-me de sair tantas vezes para andar de bicicleta e correr pelos jardins (e por isso saio menos de casa e consequentemente cruzo-me com menos amigos desse tempo) e mesmo quando saio para arejar com a avó ou ir até ao único café que existe beber o desejado pingo (ou garoto) não os vejo mais.
Muitos são também eles exóticos porque já foram para outras paragens e as nossas visitas raramente se cruzam no tempo e no espaço. Elas cresceram e agora não passam mais tempo à varanda a ver quem passa, ou no parque a namoriscar. Agora ouço-as muitas vezes a chegar a casa já noitinha dos empregos, e fecham-se até saírem de madrugada a cuidar do jantar e dos maridos e dos bébés que entretanto chegaram cedo (nas aldeias é costume).
E eles são os únicos que vão olhando pelo canto do olho enquanto bebem a cerveja no balcão do café, mas já não interpelam nem brincam. Elas não gostam que eles "me dêem conversa". E já nem sequer temos a desculpa de sermos crianças.



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Life storie's

Eu já fui a miúda exótica da cidade que aparecia três vezes por ano, que todos os rapazes da aldeia queriam conhecer e a quem as miúdas da aldeia olhavam de lado, como se de um bicho estranho me tratasse.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

and so the lion fell in love with the lamb? don't think so.

Sabem aquelas situações em que um gajo dá conversa à amiga da namorada e ela pensa: "oh, ele é tão querido e fofinho e não sei quê.. mas é namorado da X!"
E dão para trás.
Passado uma semana, ele começa a queixar-se do relacionamento, porque a X é assim e assado. E ela, que é tão amiga mas ele é tão querido pensa: "Pois, eu percebo. Realmente às vezes ela consegue ser assim."
E passado um tempo começam a achar que estão apaixonadas e mesmo que os dois tenham uma relação e que por acaso até sejam com amigos em comum, afinal o amor bateu-lhes á porta e elas são especiais.
Porque mesmo que seja assim com todas as outras amigas da namorada, ela convence-se que o rapaz desta vez caiu mesmo a sério.
Espero é que ela se convença também, que no máximo dos máximos se livra de não levar logo uma tampa depois da conversa e ainda começam alguma coisa. Mas quando "a magia" for embora, ele só vai voltar a fazer o mesmo com ela.
Relações que começam assim, acabam assim. No way out.
E não adiantam contos de fada, que os homens não são todos príncipes. O meu Mr. Gummy, talvez :'D

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ano Novo, Casa Nova #3

No IKEA a comprar mobília nova, Miss e Mr Gummy vagueiam por corredores intermináveis de inúmeras opções de quartos, e cozinhas e salas e coisas que tais acompanhados dos sogrinhos.
- Ah, mas esta cor é assim, e aquela assado.
- Ai, mas essa não gosto.
- Ai mas aquela é feia.
- Ai mas aquela é grande.
- Ahh, essa não credo!
- Ah, mas que raio de formato.
- Ui, nem pensar!
- Olha essa... ah mas tem ali aquilo.

Isto, muito resumido.

Miss Gummy decide abster-se por 5 minutos que sejam da discussão e saltita de exposição em exposição, dando preferência àquelas soluções de espaço de T0's fantásticos que eles lá têm (uma vez que é precisamente a nossa situação e tiramos de lá belas ideias).
Entra num fantástico, relaxa no sofá, espreita a casa de banho, ajeita-se ao espelho. ("Beeeem, sinto-me em casa" - Juro que pensei isto.)
Chama o Mr. Gummy e mostra-lhe aquela que podia ser a nova casa.
- Oh diz lá, não é gira? E tens de ver esta lavandaria! Wow, como é que arranjaram espaço para uma lavandaria! E a cozinha? Adorooo. (isto enquanto rodopia pela casa toda).
- Sim, realmente é giro (e aloja-se na sala).

Miss Gummy continua a rodopiar, volta à sala e vê um senhor a experimentar o sofá da sala, mesmo junto a Mr. Gummy. E dispara com todo o poder das suas cordas vocais com um sorriso melicodoce que saltitou do Mr. Gummy para o dito senhor:
- Amor, não sabia que tínhamos visitas!

Demasiado realista para o homem ter levado a sério. Mas eu continuei a minha fantasia. Aiiii que tensão que me soltou. Ahahaha :b


PS: E sim, trouxemos o quarto que nós queriamos. Love it!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ano Novo, Casa Nova #2

Já mencionei que a máquina de lavar roupa estava avariada sem sabermos e por isso me inundou a marquise assim que tentámos usá-la?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ano Novo, Vida Nova, Casa Nova, Yupi. (NOT!)

Tenho um namorado fantástico mas uns sogros.. errr... determinados. O ano passado, Mr e Miss Gummy partilharam impecavelmente o seu sofá, no seu cantinho fantástico, com os seus animaizinhos queridos, tal qual uma família feliz. Os queridos (e abastados) sogros decidiram que haveriam de nos comprar um apartamento só nosso, para evitar pagar rendas e nhenhe. Coisa para ali, coisa para acolá, dissemos: "não, estamos bem assim". E esquecemos o assunto.
Não achei piada nenhuma à ideia, desde logo, como podem perceber se se puserem um instantinho na minha situação. Não explico a história toda porque dá pano para mangas e já me deu muitas chatices. E coisas dessas nem vale a pena lembrar.
Pois então já devem ter percebido que eles não esqueceram o assunto e tivemos mesmo de nos mudar, assim sem aviso nem recado para dois andares acima (assim não tinhamos hipótese de reclamar quanto ao sítio).
O ano começa bem, portanto.
Uma vez que foi tudo muito rápido, as obras ainda andam a ser feitas e as coisas ainda andam a ser postas em condições, mas uma vez que já devolvemos a chave do anterior para não pagar mais um mês, ou ficamos ali ou na rua. Ok, ficamos ali.
Arrumamos tudo dentro dos possíveis (com a promessa de que quando voltarmos para lá definitivamente depois da época de exames esteja TUDO pronto) e lá passamos a primeira noite, antes do primeiro exame.
Ora bem, vamos lá fazer o jantar.
Acende o fósforo, liga o bico do fogão, sai.. ar.
Espera, espera, espera... Se está a fazer barulho não sai gás porquê?
Pois, não sei.
Sei que tivemos de sair às 9 e meia da noite para ir desenrascar qualquer coisa ao Froiz. Awesome!
Volto a casa e ainda tenho tudo por arrumar, se quero dormir na cama.
Mais feliz de ter tudo no sítio, por volta das duas da manhã, Miss Gummy vai direitinha à casa-de-banho, na expectativa a de um banho relaxante após a trabalheira.
Nao há cortina na banheira, pelos vistos alguém a levou porque achou que eu não consegui pô-la em lixívia.
Ok, tudo bem. Vamos á imersão.
Abre a torneira .. ahhhhh, que bom! Àgua quentinha!
Não, espera... está a arrefecer. Põe mais quente.
Ahhhhh, àgua quentinha outra vez.
Não, fria OUTRA VEZ.
E basicamente molhei o cabelo e fiquei sem água quente.
Descobri da melhor maneira que precisamos de um novo cilindro.
Vou dormir sobre o assunto e esquecer os percalços.
Acordo de manhã, vou ajeitar o espelho da parede para ajeitar as sobrancelhas, e ele parte-se na minha mão. Mas que bem!
Para já não falar que começo o ano com a cabeça enterrada nos livros por causa dos malditos exames, e com um frio de quem nem se fala. Porque a porcaria do homem dos alumínios ainda não apareceu com o orçamento da marquise, e a portada é tão velha que range a abrir, empanca e NÃO ISOLA.
Ora pois, bom ano. Eu vou ali pagar um balúrdio de luz por estar sentada com o rabo no aquecedor o dia todo, em prol de não me congelarem os membros.

Yeah, that's me.

domingo, 2 de janeiro de 2011

O ano começou assim.

Come what may, I will love you until my dying day.
Moulin Rouge (2001)

É verdade, a nossa primeira passagem de ano juntos.