sexta-feira, 25 de junho de 2010

E HOJE ME CONFESSO.

Hoje, com vergonha ou sem ela, desabafo aqui os vícios que tenho faz quase duas décadas (quase quase - ou não - mas fica mais bonito dizer assim).
Na verdade, sempre fui viciada em muitas coisas. Umas boas, outras más.
Sobrevivi.

O meu primeiro vício surgiu quando tinha ainda poucos meses. Viciei-me rejeitar teimosamente a chupeta, berrar a plenos pulmões e levar a minha mãe aos arames.
Era bom, confesso.

Por volta dos dois anos, não me viciei.
Viciaram-me.
Ofereceram-me a companheira mais fiel que tive em toda a minha vida. Ela soube honrar a vida dela, e transformar a minha.
Foi dos melhores vícios que já tive, garanto.

Seguiu-se o vício de não querer dormir. Cantarolava e dava voltas.
A sesta era produtiva. Até inventava rimas. Dormir é que não.
Se eu soubesse o que sei hoje!

Viciei-me ainda em abrir livros e inventar histórias ou relatar aquelas que ouvia contar, tal e qual. Viciei-me em passar a perna às pessoas, que me olhavam como uma espécie de géniozinho prematuro que (pensavam) já sabia ler.

Mas como viciada que sou, logo este deu lugar a outro.
Com uns ingénuos mas traquinas 5 anos, a pivete que sempre foi a mais petiz, viciou-se em tudo aquilo que a Escola Primária lhe trouxe. Sem saber, vivia dos melhores anos da sua pequenina vida.

Tudo acaba, porém. Mas sempre para dar lugar a uma nova etapa.

No ciclo, tornei-me Miss GummyBear.
Precoce, é verdade. Mas de pequenino se torce o pepino.
Todos os intervalos de almoço serviam para encharcar umas gominhas de urso, corações, minhocas, bananas, tijolos...
Esse nunca se perdeu. Continuam a chamar sempre por mim, e eu por elas. Enquanto existirem, eu correspondo.
Não existe alternativa.

Mas com Miss GummyBear veio também a pré-adolescência. Bendita cabeça que jamais pensou em separar-se das melhores amigas em prol de melhor silhueta.
Surgiram no entanto outros vícios.

Viciei-me em amigas que depois se libertaram de mim, viciei-me em amigos que agora não me pareciam tão asquerosos.
Viciei-me num especialmente que se revelaria um grande vício. Daqueles difíceis mas bons, como o bolo de chocolate.

Já lá iremos.

A adolescência, como qualquer outra, foi plena de vícios. Mas vícios bons, com os quais cresci muito e me tornei naquilo que sou hoje. Vícios que sei que nunca vou esquecer, embora não os possa jamais assumir de novo. Talvez na memória.

Não foi bom, foi óptimo.

Passemos à frente, que não quero maçar.

Hoje, os meus vícios são outros e esses é que interessam agora. Para mim, para si, e para eles.

Sim, porque os meus maiores vícios têm olhos, boca e nariz. Nem todos, mas quase.

Hoje sou viciada em Universidade, no Meu Curso, nas Minhas Cidades (uma que sempre foi e outra que agora é), no dia-a-dia estafante, nos meus vícios de sempre (que nem todos se perderam - mas não te direi quais)...

E acima de tudo, no meu Mister GummyBear, que representa grande parte dos meus vícios e será com certeza protagonista de grande parte dos meus posts.

Por agora,
o que lhe posso dizer mais?

Seja Bem-Vindo. Vicie-se.

3 comentários:

  1. Bem-vinda aqui à blogosfera então. :)

    Bjx

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  2. E que bom é o vicio da sesta :) Aos 5 anos é que não percebemos isso

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  3. ja estou viciada (que é como quem diz, seguidora) :)

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