A
S* vai em breve para Lisboa, e como ela disse
aqui, nunca saiu
debaixo das saias da família.
Isso lembrou-de de falar um bocadinho sobre o que foi para mim sair debaixo das saias quando fui para a Universidade.
É bom, é muito bom passar algum tempo de qualidade com a família. É bom sabermos que temos alguém que se sempre preocupa connosco (mesmo que por vezes essa preocupação se torne demasiado excessiva). É bom partilhar alguns momentos com os pais e ouvir as piadas do irmão mais novo. Mas a verdade, é que não há nada como a sensação libertadora de estarmos por nossa conta.
Gosto muito da minha família, como é obvio. E gosto muito de voltar ao ninho, não era capaz de o deixar de fazer. Mas a verdade é que gosto ainda mais de poder optar entre estar com eles e estar sozinha. É mais fácil e mais agradável para mim (e para eles) eu estar com a minha família quando realmente quero e tenho vontade.
Na universidade, em que volto para casa aos fins de semana, preparo-me mentalmente para o reencontro e desejo-o, uma vez que passo uma semana sem os ver. Mas também sabe bem voltar à nossa rotina autónoma e independente, em que saímos e entramos, comemos, dormimos, estudamos, namoramos... quando bem nos apetece, sem ninguém questionar as nossas atitudes e decisões.
A verdade é que acredito que convivência constante, quando já se tem uma determinada idade e se anseia mais, não é fácil.
Por isso, eu digo que a família não se quer longe (nunca), mas também não se quer sempre perto, para podermos voar um bocadinho de vez em quando.

Agora estou de férias e já tenho uma leve sensação de saudade do meu espaço, que lá me espera em Setembro.