A resposta para a Fi e para a M, com carinho :b (e é grande!)

Primeiro de tudo, PARABÉNS a todos aqueles que entraram. Andavam por esta blogosfera imensa todos ansiosos, já ninguém vos aturava! hehe :b Agora ainda vão andar mais, porque vai ser uma correria de preparativos :) Boa sorte!

E por falar em faculdade, a M(coração) perguntou onde raio é que eu andava a fazer que estudava e a fazer que estudava o quê.

Pois vou já dizer-te M, e a todos vocês, que ando numa das faculdades mais fixes da Universidade do Porto :b A Universidade para onde tu vais, certo?

Agora qual e quanto ao curso.. isso já são coisas que acho que vou deixar para outra vez. Não vos posso dar tudo de mão beijada :b Mas prometo que um dia desbobino :)

(fotografia aqui da Miss Gummy)

E agora, para a Fi!

Qual a primeira recordação que tens da faculdade? E a mais intensa?

Ora bem, a primeira recordação que tenho da faculdade é a de ter as pernas bloqueadas, há espera da primeira aula (que se revelou ser fantasma), rodeada de pessoas que não conhecia de lado nenhum. E nenhuma delas parecia ter uma cara simpática. Descobri depois que eu também não tinha. Tínhamos todos cara de apavorados, mas de tão apavorados que estávamos, nem nisso reparámos.

Lembro-me de, passado algum tempo, ter vindo a mim e pensar "Oh não pode ser assim, é HOJE! Poças, estou na faculdade e eles só podem estar assim também."

E lembro-me de me sentar junto a uma colega, que era tão pequenina como eu. E sem a conhecer de lado nenhum, lhe confessar: tenho um friozinho na barriga.

- Eu também.

E rimo-nos, rimo-nos de sermos tão tontas. Falamos pouquinho, mas foi bom. Foi reconfortante.

A verdade é que não saímos mais dali, de ao pé uma da outra. Ombro com ombro, com medo do que poderia vir.

Lembro-me que depois nos obrigaram todos a dar as mãos, e foi a dela que eu procurei. E foi a minha que ela procurou. E ficámos assim, o dia todo.

E sem me conhecer de lado nenhum, ria-se do suor que nos colava os dedos, e pagou-me o almoço quando não pude levantar dinheiro. E reconfortou-me quando foi preciso, susurrando coragem á socapa.

Hoje não damos mais as mãos, porque seguimos caminhos diferentes. Mas cada vez que eles se cruzam, olhamos uma para a outra com a mesma cumplicidade e sorrimos ligeiramente, porque o primeiro dia nunca se esquece.

(esta foi intensa, muito muito intensa. A mais intensa foi a Serenata, quando a madrinha que mais nos apoiou durante todo o ano nos diz: Tenho um orgulho enorme naquilo em que te tornaste", mas já falei disso algures).